Policiais suspeitos de envolvimento na morte de jovem no RJ estão presos

Quatro policiais militares foram presos na quarta-feira (6) por envolvimento na morte do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, durante uma operação policial na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

Os agentes de segurança foram presenciados na 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) ter decretado a prisão preventiva. A decisão partiu da denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

De acordo com a denúncia, os policiais militares cometeram fraude, pois foram implantadas uma pistola e munição transferidas à vítima após a morte da mesma.

Segundo a Polícia Militar, os policiais foram indiciados pelo envolvimento após apuração feita pela Corregedoria.

Foram presos Roni Cordeiro de Lima, Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria e Silvio Gomes dos Santos.

A defesa de Aslan Wagner Ribeiro de Faria disse que “os policiais são inocentes” e “simplesmente cumpriram ordem do superior”. “As imagens do local puderam provar com total clareza a legitimidade da ação”, diz a nota, que também aponta que o fato do adolescente “ser menor [de idade] não o impediria de tirar a vida dos PMs, como tantos outros PMs que tombaram no cumprimento da missão”.

A CNN tente estabelecer contato com a defesa dos réus.

Além disso, o TJ-RJ decretou que o outro denunciado, Diego Geraldo de Souza, seja afastado de suas funções na corporação. Segundo a ação do Ministério Público, ele se omitiu diante de vigiar os comandados e autorizou a atuação irregular com veículos e drones.

A Promotoria de Justiça de Investigação Penal e a Delegacia de Homicídio iniciam a investigação do homicídio de Thiago Flausino. O interrogatório dos réus está marcado para 28 de setembro.

Entenda o caso

Thiago Flausino estava garupa de uma moto quando foi atingido por tiros durante uma operação policial na comunidade Cidade de Deus.

Segundo a Polícia Militar, na época, as equipes do Batalhão de Choque realizavam um patrulhamento quando dois homens em uma moto ficavam atirados contra a execução.

Ainda de acordo com a nota da corporação, uma pistola teria sido apreendida no local da morte de Thiago. O MPRJ disse que testemunhas relataram que a polícia teria plantado uma arma.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu então investigação pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e o Ministério Público instaurou um procedimento de investigação criminal para apurar as circunstâncias da morte dele.

Veja também: Lula condena morte de jovem em operação policial no RJ

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