Deputada do PT é agredida pela Guarda Municipal durante ocupação em Porto Alegre

A deputada estadual do Rio Grande do Sul (RS) Laura Sito, do Partido dos Trabalhadores (PT), apresentou um vídeo em suas redes sociais em que é agredida com spray de pimenta e balas de borracha pelos guardas municipais de Porto Alegre.

No boletim de ocorrência registrado no sábado (16), a deputada explicou que estava acompanhando uma ocupação de um prédio da prefeitura, em solidariedade ao Movimento de Luta Nacional pela Moradia. O movimento reivindica que o prédio seja utilizado para moradias populares e ações culturais.

Laura Sito afirmou que acompanhava o evento na condição de Presidente de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do RS.

Em uma postagem nas redes sociais, a deputada afirmou: “Acabo de ser agredido pela Guarda Municipal do prefeito bolsonarista Sebastião Melo em Porto Alegre. Levei tiro de bala de borracha e muito gás lacrimogêneo, enxergando somente por um olho. Toda essa violência porque estava acompanhando uma luta por moradia popular. Mais companheiros do movimento também foram e vamos denunciar essa violação dos direitos humanos! Estamos indo na delegacia!”.

Conforme a queixa prestada, equanto os ocupantes estavam no prédio, chegaram “marmitas” para que pudessem almoçar. A deputada ressaltou que o secretário municipal de habitação havia prestado apoio à ação.

“Contrariando a orientação do secretário, a Guarda Municipal comparou ao local e fez uso de spray de pimenta, gás lacrimogênio e balas de borracha, a fim de impedir que as pessoas fornecessem a alimentação”, conforme o boletim de ocorrência.

Em torno de 10 a 15 pessoas estavam acompanhando a ocupação foram possivelmente localizadas, segundo o boletim de ocorrência. “Ao solicitar a identificação dos servidores, os agentes negaram se identificar, também não tendo identificação em suas fardas”.

Em nota publicada neste domingo (17), a prefeitura afirmou que o grupo de manifestantes ocupa irregularmente o prédio no Centro Histórico.

Na negociação, ficou acordado que não havia entrada de novos manifestantes, e estão garantidas entregas de alimentação em horários previamente combinados e o prédio permanecerá isolado e monitorado pela Guarda Municipal e Brigada Militar.

“Há uma decisão já tomada pelo município, por orientação do prefeito Sebastião Melo, de retirada deste prédio da possibilidade de venda, e a destinação dele para habitação social. Lamentamos que isso não tenha sido feito em uma mesa de negociação, não necessariamente em um processo de ocupação”, disse o secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, André Machado.

O prefeito ainda determinou que um procedimento administrativo será instaurado para “apurar as situações do conflito ocorrido entre os invasores e a Guarda Municipal”.

*Publicado por Iasmin Paiva



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