Bombardeios interromperam entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza

Explosões próximas da passagem de Rafah, fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, interromperam a entrega de ajuda humanitária para a região. O segundo trem, que continha 17 caminhões com suprimentos, ficou retido no lado egípcio da fronteira.

Parte desses caminhões passou do lado dos egípcios e estava em inspeção quando ocorreram as explosões.

Sem energia, o fornecimento de comida e água a meio milhão de pessoas será significativamente afetado, de acordo com Juliette Touma, porta-voz da agência da ONU, em entrevista exclusiva à CNN sobre o conflito em Israel.

“O trem que chegou com ajuda é de um número muito pequeno de caminhões, se comparamos com as necessidades reais na Faixa de Gaza. Vamos encerrar nossas operações na quarta-feira se o combustível não chegar, afetando a vida de mulheres grávidas, crianças, civis, pessoas como nós”, afirmou Juliette.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina só tem combustível suficiente para funcionar até quarta-feira (25) caso novas suprimentos não cheguem até a Faixa de Gaza.

No sábado (21), os primeiros 20 caminhões cruzaram a passagem, que foi fechada desde os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro. O ponto de fronteira foi fechado rapidamente após a passagem do primeiro trem de ajuda.

As Agências das Nações Unidas (ONU) saudaram a entrada do primeiro trem com ajuda humanitária, mas destacaram que o volume “não é suficiente” para aliviar a flexibilidade da situação humanitária. A região recebeu insumos como água, alimentos e medicamentos, mas não combustível.

A ONU vem dizendo que é preciso de pelo menos 100 caminhões por dia para abastecer as pessoas na proximidade da passagem de Rafah.

Além disso, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou que o abastecimento de combustível das Nações Unidas na Faixa de Gaza acabará dentro de três dias.

Israel aumentou o número de bombardeios em Gaza neste domingo. No sábado (21), as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla de inglês) afirmaram que iriam intensificar os ataques aéreos para “minimizar o risco para as nossas tropas nos próximos estágios da guerra”, sinalizando uma potencial incursão terrestre.

*Publicação de Eduardo Saraiva, com informações de Américo Martins, enviada especialmente da CNN um Israel

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